Você sabia que a Arquitetura e Astrologia sempre estiveram presentes desde que o mundo é mundo?
Para entender melhor sobre o porquê a arquitetura e astrologia sempre estiveram lado a lado é preciso saber da história de algumas construções.
A arquiteta Tery Kanakura deu uma mãozinha para entendermos melhor a relação da arquitetura e a harmonização do nosso lar.
Os monumentos megalíticos são construções realizadas no período neolítico com grandes blocos de pedras. Esses blocos eram alinhados de forma circular e são encontradas em diversas partes do mundo, desde a Europa até a América do Sul.
De acordo com evidências, essas obras tinham um objetivo funerário, além de servir como observatório astronômico, muitas delas possuíam alinhamentos com o norte magnético e geográfico terrestre.
No mesmo período que as construções megalíticas foram realizadas, a humanidade passava pela “Revolução Neolítica”, fase em que o ser humano passou a se apropriar do espaço para se tornar sedentário e cultivar a agricultura. Dessa forma os períodos e estações do ano ganham relevância para direcionar as plantações e assim a observação dos astros era fundamental para a definição dos calendários.
Assim, podemos estabelecer um paralelo entre a astrologia e a arquitetura desde os tempos remotos e compreender o uso da astrologia nas diretrizes do feng shui, que utiliza a observação dos corpos celestes para harmonizar os ambientes.
A “Pirâmide de Gizé”, no Egito, é outro exemplo de construção que segue a orientação dos corpos celestes, além de estar alinhada com a Constelação da Ursa Maior a sua base está disposta de acordo com os pontos cardeais.
Na Antiga Mesopotâmia, os sumérios construíram o “Zigurate de Ur”, uma pirâmide com altitudes terraplanadas que também está orientada com os pontos cardeais. As áreas terraplanadas eram divididas por cores que representavam os planetas do sistema solar.
No Antigo Testamento, Moisés foi orientado pelo próprio deus a construir o Tabernáculo que serviria de abrigo para a Arca da Aliança que guardava a Tábua dos Dez Mandamentos. O Tabernáculo era posicionado a oeste, mas a sua entrada era na direção leste.
O Tabernáculo era uma construção móvel e provisória que esteve presente entre os israelitas até chegarem na Terra Prometida após o êxodo do Egito. Mais tarde foi construído o Templo de Salomão que seguia as mesmas diretrizes do Tabernáculo.
Na Grécia antiga, Platão ditou detalhes para criação de novas cidades e acreditava que as diretrizes para as construções deveriam seguir os padrões divinos que encontrávamos nos macrocosmos para que assim fosse possível representar essas regras nas construções.
Em Roma Marcus Vitruvius Pollo, compara o edifício com o corpo humano, assim como é feito no feng shui e em outras culturas, já que o corpo humano guarda relação de proporção e harmonia, como sendo a imagem e semelhança do divino. Muitas civilizações associam partes do corpo humano com a regência zodiacal. No horóscopo chinês, por exemplo, o fígado está relacionado com a regência do boi e o pulmão com o tigre. Já no horóscopo ocidental, libra rege os rins enquanto que peixes rege o pé.
Vitruvius, deixou como herança o maior tratado de arquitetura do ocidente que veio a influenciar arquitetos como Giacomo Vignola, Andrea Palladio e Michelangelo.
Durante o período medieval, os construtores se associavam nas chamadas “Guildas” ou “Corporações de Ofícios” para construírem castelos e igrejas. Os construtores medievais, também conhecidos como comacinos eram descendentes dos antigos construtores romanos e dominavam a sabedoria das construções clássicas.
Todos esses conhecimentos de tempos antigos são encontrados na atualidade em templos das mais diversas religiões e o objetivo do feng shui é harmonizar o ambiente com essas diretrizes para fazer do nosso lar um templo em conexão com a sabedoria maior, do micro ao macrocosmo.
Artigo escrito pela astróloga Samantha Di Khali e pela arquiteta Tery Kanakura
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